quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Escuta meu irmão

Não é a tua palavra primorosa a força que te exaltará a inteligência e, sim, o objetivo para o qual se dirige.
Não é a dádiva que te confere o título de benfeitor, mas o modo pelo qual te manifestas, através dela.
Não é a fortuna material que te faz realmente rico e, sim, a aplicação dignificante das utilidades que reténs a beneficio de todos.
Não é a fama terrestre a claridade que te coroa o nome e sim a benção do Céu sobre a reta conduta que abraçaste em favor do bem coletivo.
Não é a lição verbal o poder com que educarás o companheiro de luta, nas tarefas de cada dia, mas o teu exemplo reiterado na edificação comum por intermédio da própria melhoria.
Não é a tua crença sectária, embora fervorosa, que te guiará à sublimação na vida espiritual, depois da morte do corpo e, sim, os teus atos de bondade santificante, que serão testemunhas permanentes de tua alma, onde estiveres.
Não é a fé sem obras que te iluminará a senda de progresso, mas as obras dignificadoras que conseguires concretizar, em ti mesmo e fora de ti, inspirado por tua fé.
Não é a cultura intelectual inoperante que te fará respeitável, e sim o espírito de serviço com que te devotares, em qualquer condição, à felicidade dos semelhantes.
Não é o êxito suscetível de sorrir-te na Terra, por alguns dias breves, a fonte de alegria real que procuras com os melhores anseios de coração, mas a paz de consciência, no dever bem cumprido, nas obrigações de cada dia.
Busquemos ser, antes de aparentar e fazer, antes de instruir.
A verdade espera nossa alma, em cada ângulo de caminho, dentro de nossa jornada para frente.
Assim, pois, construamos o nosso engrandecimento interior, porque, hoje ou amanhã, o Sol Divino projetará sobre nós a sua bendita claridade, revelando-nos, à luz meridiana, tais quais somos.
André Luiz
Mensagem "Escuta, meu irmão"
(Do Livro "Através do Tempo", de Francisco Cândido Xavier)


domingo, 18 de dezembro de 2011

PRECE DA GRATIDÃO


Senhor Jesus! pela benção
De Tua doutrina santa
Que nos apóia e levanta
Para o Reino de Amor,
Pela paz que nos ofertas,
Pela esperança divina
Que nos conforta e ilumina,
Bendito sejas, Senhor!

Pela carícia do lar,
– Doce templo de carinho
– Que nos concedes por ninho,
Céu na Terra campo em flor.
Pelo aconchego suave
Da feição que nos aquece,
Pelo consolo da prece,
Bendito sejas, Senhor!...

Pelo tesouro sublime
De graças da natureza,
Pela serena beleza
Do mar, do jardim, da cor,
Pela fonte que entretece
Poemas de melodia;
Pelo pão de cada dia,
Bendito sejas, Senhor!

Em tudo o que nos reserves
À luz de cada momento,
O nosso agradecimento
por tudo, seja o que for...
Vivemos, Jesus Querido,
Na alegria de encontrar-Te,
Cantando por toda parte,
Bendito sejas, Senhor!...



Pelo Espírito João de Deus - Do livro: À Luz da Oração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ser cristão


Tempos houve em que ser cristão significava ser alguém portador de grande coragem.
Alguém que ousava desafiar a autoridade, o poder, a sociedade. Alguém que se importava muito mais em defender os seus princípios, do que a sua própria vida.
Alguém para quem amar o Cristo significava ir às últimas conseqüências, doando a vida, sacrificando posição social, os próprios seres amados, se necessário.
Tempo houve em que ser cristão era sinônimo de ser invencível na fé.
Se a perseguição se fazia devastadora, cristãos enchiam calabouços e anfiteatros, servindo de pasto às feras.
Serenos entregavam-se ao martírio, com a certeza de que como lenho atirado ao fogo, seus exemplos alimentavam a chama do idealismo que iluminaria a Humanidade.
A sua fé desafiava o poder vigente que não entendia como podia se enfrentar a morte, entre cânticos de louvor.
Buscavam as catacumbas para ali, onde muitos celebravam a morte, celebrarem a vida abundante, falando da imortalidade.
Para iluminar os caminhos escuros, na noite avançada, usavam tochas. E não temiam as estradas desertas para chegar ao local do encontro.
Nada lhes impedia a manifestação religiosa, na intimidade do coração ou na praça pública.
O amor era a sua identificação maior. Quando os pais eram trucidados nos circos, os filhos eram adotados pelas demais famílias cristãs.
Se um companheiro era conduzido ao sacrifício, não faltava quem lhe sussurrasse aos ouvidos ou lhe enviasse uma mensagem:
Morre em paz. Eu também sou cristão. Tua família encontrará um lar em minha casa.
Repartiam o pão, o teto, o cobertor. Respirava-se o Evangelho.
Séculos depois, muitos dos que nos dizemos cristãos mostramos fraqueza nas atitudes e sentimentos mornos.
Esquecemo-nos das recomendações de Jesus ao dizer que nosso falar deve ser sim, sim, não, não. Esquecemo-nos de que o Mestre nos afirmou que seus discípulos seriam conhecidos por muito se amarem.
Não nos lembramos das exortações de que o Pai trabalha incessantemente, e nos entregamos ao comodismo dos dias.
Por tudo isso, quando o Natal se aproxima outra vez, é um momento especial para uma rogativa Àquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida.
*  *  *
Senhor Jesus!
Os que Te desejamos servir, Te rogamos alento para nossas lutas, coragem para nossos atos.
Robustece-nos a fé, que ainda é tão tímida.
Ampara-nos a vida pela qual tanto tememos.
Aumenta nossa esperança de dias melhores no amanhã.
Infunde-nos vigor para as batalhas contra nossas próprias paixões.
Desejamos estar Contigo e nos sentimos tão distantes.
Vem até nós, Senhor Jesus.
Temos sede de bonança, de paz, de alegrias.
Vem até nós, Amigo Celeste, para que, ouvindo-Te a voz, outra vez, nos possamos decidir por seguir-Te, enfim.
Permite, Jesus, que esse Teu Natal seja o nosso momento de decisão, para que o novo ano nos encontre com disposição renovada.
E então, os nossos dias se multipliquem em trabalho, progresso e paz.
Dias em que, afinal, possamos nos dizer verdadeiros cristãos, Teus irmãos e fiéis seguidores.